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Dia da Conscientização ao uso racional de medicamentos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “entende-se que há uso racional quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.

Em resumo, não basta simplesmente ir ao médico ou à farmácia. Temos que lembrar que estamos tomando uma substância química, devendo assim ficar sempre atentos se é a medicação correta na dose e períodos certos.

Outro fator importantes diz respeito ao momento em que o medicamento é tomado (em jejum ou com o estômago cheio) bem como às combinações entre diversos medicamentos (interações medicamentosas), o que pode prejudicar ou até mesmo anular a eficácia do fármaco e, o que é ainda pior, causar danos à saúde.

Há três tipos de pacientes que fazem com que o tratamento não tenha o efeito desejado:

  • Excessivo: toma remédios em doses maiores às recomendadas ou por um período maior do que o indicado; 
  • Econômico: deixa de tomar o remédio antes do que deve, pula dias de tratamento ou só toma quando está com sintomas;
  • Esquecido: esquece de comprar o fármaco, de levar para o trabalho ou quanto viaja, ou simplesmente não lembra de tomar.

Confira abaixo alguns dos erros mais comuns e as dicas para que o tratamento seja eficaz:

Tomar o medicamento somente quando está com sintomas (com dor, por exemplo). Se a recomendação o é tomar a cada oito horas, cumpra-a, caso contrário, a dor pode se agravar e você poderá concluir que é o medicamento não surtiu efeito, mas sim o uso incorreto. Importante manter uma rotina fixa e organizada de horários para consumo dos medicamentos.

Não se deve esperar o término do medicamento para, então, comprar mais. Às vezes o paciente não toma os remédios por uma uma semana, o que interrompe o tratamento.

Faça o descarte consciente dos fármacos. Leve os remédios vencidos até uma farmácia, onde há locais apropriados para descarte. Eles serão, posteriormente incinerados e não descartados no meio ambiente.

Escutar indicações de remédios de vizinhos ou parentes, não é o seguro, não é porque funcionou para eles, que também será eficaz para si mesma. Nem sempre é assim, cada organismo reage de maneira diferente.

Cuidados especiais são necessários para pessoas que possuem doenças crônicas, como diabete e hipertensão. Esses pacientes utilizam medicamentos com frequência e, e alguns casos, podem sofrer interações medicamentosas com outros de uso recorrente. Um dos grandes erros é buscar informações sobre medicamentos no “doutor Google”, ou em sites nada confiáveis.

É importante dar atenção também especial às crianças, tanto no que diz respeito ao tratamento (doses adequadas, remédios realmente indicados para elas), como o acesso que elas podem ter a remédios em casa. Sempre deixe os medicamentos em locais que elas não possam alcançar, para evitar acidentes.

As bebidas alcoólicas devem ser evitadas, sobretudo quando o paciente estiver usando remédios antifúngicos, antibióticos e medicamentos que atuam no sistema nervoso central.

É recomendado que os hipertensos continuem o uso da medicação do controle da doença, inclusive nos dias em que consumirem álcool.

Apesar de não parecer, chás possuem substâncias químicas e podem interferir no tratamento.

A forma mais eficaz de tomar remédio é através da ingestão de água. Leite, chás e bebidas alcoólicas não são indicados. Não abra cápsulas nem mastigue comprimidos, isso pode prejudicar a absorção do fármaco pelo organismo.

Remédios genéricos são confiáveis, até mesmo mais seguros que os remédios denominados similares.

Se não é médico, não prescreva remédios.

Leia também: Hipertensão arterial: diagnóstico, combate e o principal, a prevenção.

Lembre-se sempre: “A diferença entre medicamento e veneno é a dose”. A famosa frase de Paracelso, médico e físico do século XVI, resume em parte o que significa o uso racional de medicamentos.